Você precisa praticar ser seu “futuro eu”
Tradução livre do artigo publicado* pela Harvard Business Review e escrito por Peter Bregman
Eu estava assessorando Sanjay, um líder em uma empresa de tecnologia que se sentia preso e frustrado. Ele não estava onde queria estar naquele momento da carreira.
Ele tinha vindo para a nossa sessão de coaching, como de costume, preparado para discutir os desafios que estava enfrentando atualmente.
Desta vez, o seu plano era realizar conversas de feedbacks com cada um de seus funcionários. Depois de alguns minutos ouvindo-o falar sobre seus planos, eu o interrompi.
“Sanjay, você já teve esse tipo de conversas antes, certo?” Eu perguntei.
“Sim”, ele disse.
“E, na maior parte, você sabe como fazê-las, certo?”
“Sim”, ele disse novamente.
“Ótimo. Então vamos falar sobre outra coisa.
“Mas isso é o que está em minha mente agora”, protestou. “Seria muito útil pensar com você como passar por isso.”
“Estou feliz que seja útil, Sanjay”, eu disse. “Mas você não quer que eu seja meramente útil. Você quer que eu seja transformador. E focar no que está no topo da sua mente agora não vai nos levar lá.”
Veja, a razão pela qual Sanjay está se sentindo preso – e a razão pela qual muitos de nós nos sentimos assim – é que nos concentramos no que está presente para nós apenas naquele (em qualquer) momento em particular.
Por outro lado, o que a maioria de nós mais quer é seguir em frente. E, por definição, prestar atenção ao presente nos mantém onde estamos.
Então, é claro que eu posso ajudar Sanjay a ser um melhor “presente” Sanjay. Mas terá um impacto muito maior se o ajudar a se tornar um “futuro” Sanjay bem sucedido.
É uma história familiar: você está ocupado o dia todo, trabalhando sem parar, multitarefa em uma tentativa equivocada de tirar algumas coisas extras da sua lista de tarefas, e à medida que o dia chega ao fim, você ainda não conseguiu terminar seu trabalho mais importante.
Estar ocupado não é o mesmo que ser produtivo. É a diferença entre correr em uma esteira e correr para um destino. Ambos estão correndo, mas estar ocupado é ficar correndo no mesmo lugar.
Se você quer ser produtivo, a primeira pergunta que você precisa se perguntar é: Quem eu quero ser? Outra pergunta é: para onde eu quero ir?
As chances são de que as respostas a essas perguntas representem crescimento em alguma direção. E enquanto você não pode gastar todo o seu tempo perseguindo esses objetivos, você definitivamente não vai chegar lá se não gastar algum do seu tempo perseguindo-os.
Se você quer ser um escritor, você tem que gastar tempo escrevendo. Se você quer ser um gerente de vendas, você não pode simplesmente vender – você tem que desenvolver sua habilidade de gestão.
Se você quer começar uma nova empresa, ou lançar um novo produto, ou liderar um novo grupo, você tem que gastar tempo planejando e construindo suas habilidades e experiência.
Aqui está a chave: você precisa gastar tempo no futuro mesmo quando há coisas mais importantes para fazer no presente e mesmo quando não há retorno imediatamente aparente aos seus esforços.
Em outras palavras — e esta é a parte difícil — se você quer ser produtivo, você precisa gastar tempo fazendo coisas que parecem ridiculamente improdutivas.
Quero expandir minhas habilidades de escrita, então comecei a acordar às 5:30 da manhã para escrever ficção. Infelizmente – e eu não estou querendo ser humilde – eu sou um terrível escritor de ficção.
Então meu tempo de escrita parece dolorosamente improdutivo. Não posso vendê-lo. Não posso usá-lo. Não posso compartilhá-lo. Honestamente, mal suporto ler em voz alta. Eu tenho uma lista tão longa de coisas que realmente precisam ser feitas, é quase impossível justificar perder o sono a fim de fazer algo que não está relacionado aos meus desafios atuais.
Sei que é assim que meus clientes se sentem quando peço que coloquem de lado suas preocupações imediatas e se concentrem em desafios mais distantes.
Uma pergunta que ouço muito é: E todas as coisas que eu realmente preciso fazer? Não preciso passar pela minha caixa de e-mail desordenada, minhas conversas urgentes, meus planos de projeto para criar espaço para me concentrar no meu eu futuro?
Não.
Esse é um truque do seu “eu ocupado” para mantê-lo longe das coisas assustadoras que você ainda não é bom, e isso não é produtivo. Às vezes você precisa ser irresponsável com seus desafios atuais, para ter um progresso real em seu eu futuro.
Você tem que apenas deixar o presente lá, sem prestar atenção. Ele não vai embora e não vai acabar nunca. Essa é a natureza do presente.
Você pode não terminar com a caixa de entrada de e-mail vazia. Você pode não ter as conversas perfeitas de feedbacks. Você pode não agradar a todos. Mas, como seu coaching, aposto que você vai fazer essas coisas bem o suficiente.
São as outras coisas com as quais me preocupo. As coisas extremamente importantes que nunca são feitas porque não há tempo ou não é urgente ou é muito difícil ou arriscado ou aterrorizante. E é isso que quero te ajudar a trabalhar.
Mesmo que Sanjay esteja encantado com a ideia de se concentrar no seu “eu futuro”, ele resiste porque não se sente tão confortável quanto resolver seus desafios atuais. Ele ainda não tem essa habilidade. É por isso que é o seu futuro.
E é exatamente essa a razão pela qual ele precisa se concentrar no seu “eu futuro”.
*Texto original: You Need to Practice Being Your Future Self. Tradução livre realizada pela Lifelong Worker Telma Polla.
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