Um cérebro pensando em tantos caminhos possíveis e futuros desejados

Por que a prospectiva estratégica é relevante e conectada com propósito de vida

É possível trabalhar 20 horas por semana, sobrar tempo e dinheiro em sua vida e ser feliz? Com a aplicação adequada de prospectiva estratégica pessoal em sua vida, sim.

Agora, se o seu propósito de vida é enriquecer rápido, com medo de perder o timing de seu momento tido pela inconsciência coletiva como o mais produtivo de nossas vidas, aí o desafio sem dúvida é maior. 

Conforme a vida se prolonga e podemos chegar aos 115 anos, é preciso pensar hoje nos reflexos desta constatação. Caso contrário, uma pessoa de 35, 45, 55 anos viverá seu momento presente pautada em uma narrativa que não condiz com a de sua geração.

Ou seja, carregará e atuará em torno de heranças das gerações passadas que não lhe cabe mais.

“O pêndulo da mente se alterna entre perceber e não perceber, e não entre certo e errado”. – Carl Jung

Eu tenho um forte intuição que viverei até os 100 anos, no mínimo. Muita gente vai ter que me aguentar! : ) 

Bora investigarmos um pouco mais algumas coisas em torno destas relações acima?

Prospectiva estratégica – ou foresight – é a arte de vislumbrar o futuro 

Todos temos coisas que herdamos de nossos pais, avós… especialmente alguns comportamentos e trejeitos, não é mesmo?

No meu caso, cresci ouvindo meu pai dizer que a última de suas intenções era se aposentar – referindo-se ao ato de parar de produzir profissionalmente em troca de geração de receitas. Eu diria que herdei esta intenção dele. 

Por isso, hoje aplico conhecimentos de foresight para imaginar meu futuro profissional até os meus, digamos no mínimo, 85 anos. Diferentemente de como meu pai lidou com esta intenção dele – a qual acabou por não se concretizar.

O que muda entre a habilidade de apenas vislumbrar meu futuro profissional e inferir no contexto presente para aumentar probabilidades de se chegar neste futuro desejado, é a aplicação estratégica de prospectiva

“O foresight estratégico ou prospectiva estratégica é um modelo sistemático e sistêmico, usado por diversos futuristas profissionais no mundo, no qual além de imaginar futuros possíveis, vislumbrar, tenhamos melhores condições de influenciar e agir para que as coisas sigam na direção de nossa visão desejada de longo prazo.” – Cassiana Buosi

Use prospectiva estratégica para potencializar a concretização de seus sonhos.

Alguns sonham com a aposentadoria. Por que pensamos em trabalhar bastante em nossa idade tida como a mais produtiva e só depois, viver?

Já notou quantas publicações e frases ouvimos – quando não as repetimos – que remetem a aposentadoria como a fase em que teremos tempo para viver, curtir a vida? Qual o sentido disso? Não que seja errado sonhar com isso. Apenas uma reflexão mesmo. 

Me parece que ainda acreditamos demasiadamente que a vida entre os 20 e 60 anos foi feita para nos matarmos de tanto trabalhar para que cheguemos um dia na glória de podermos apreciar a vida.

Inclusive, tem um vídeo antigo da Box 1824 que eu adoro, elucidando a diferença entre gerações e esta ideia é explorada nele. 

Vivemos em meio a um sentimento de que comandar e controlar a nossa vida – e as dos outros – pautados em experiências de nossos antepassados, faz sentido.

E o que muitos deles escolheram, inclusive para que hoje a gente viva o presente que vivemos? 

A grande maioria escolheu trabalhar demais. Cuidar da família demais. E dormir, cuidar de si e curtir a vida, de menos. Ao menos, até por volta de seus 65 anos.

É essa a vida que você quer para você hoje? É esta a vida que quer para seus filhos, sobrinhos, netos? 

Quem foi cuidar de planejar um futuro melhor para todos nós e não apenas para si e seus entes queridos? Isso ainda quando arrumaram tempo e disposição para cuidar disso. Já parou para refletir sobre?

O que acontece conosco quando delegamos o desenho de cenários futuros para outros?

Quando permitimos que outros norteiem o futuro em que viveremos, ou seja, usem de prospectiva estratégica ou foresight e não nos apropriamos disso, vivemos o presente que “eles” projetaram e influenciaram para nós como consequência de estarmos ocupados demais cuidando de nosso presente – apenas. 

Sem dúvida estar muito atento ao seu presente, vivendo-o intensamente, tem seu valor. E devemos continuar investindo nisso – desde que com qualidade.

Mas hoje, sinceramente, a grande maioria de nós tem feito do presente um momento… presente? Atento? Sentido? 

“Você olhou nos olhos de quem ama hoje por mais de 3 segundos, buscando sentir como ele/ela está? Alguém que diz que te ama, o fez?”

Apostaria que poucos diriam que sim e sustentassem esse campo praticamente todo santo dia. E se você é esta exceção, seria incrível relatar para todos nós como conseguiu atingir isso! Admirável! E prá lá de importante!!! : )

Mas entendo que quase todos diriam “não”, mesmo com dor no coração de assumir isso – eu sinto esta dor! E venho trabalhando diariamente para mudar isso em minha vida. 

Ou seja, se não estamos cuidando direito nem de nosso momento presente, quiçá de nosso futuro, não?

Como isso se reflete em nosso propósito de vida e futuro profissional?

Um exemplo: boa parte da geração X e Y, acredita que um dos melhores momentos profissionais de nossas vidas está entre os 30 e os 45 anos – anos em que a grande maioria dos profissionais galgam melhores cargos, salários, promoções, bônus, receitas.

Como tendência, acreditamos que após os 45 ou 50 no máximo apenas manteremos este patamar desta idade em diante. E ainda, se administrarmos bem. 

Poucos de nós, especialmente quando se tem ou tínhamos aproximadamente 30 anos, apostaria suas fichas que profissionalmente temos tudo para despontarmos após os 50.

E este paradigma também é reforçado pelo próprio mercado de trabalho, que ainda está longe de valorizar como deveria pessoas mais experientes com a vida e com o acúmulo de aprendizados em torno de relações humanas. 

Mas e se… invertêssemos a lógica em busca de mais propósito de vida?

E se… invertêssemos a lógica dominante e nos distribuíssemos melhor entre trabalho, gerar receita e viver a vida ao longo de toda a vida adulta, independente de sua fase, cuidando apenas de alguns ajustes menos em torno da faixa etária e mais do seu contexto de vida?

E se… muitos produzissem mais em torno dos 20 aos 35? 

E se… muitos recuassem significantemente entre os 35 aos 50, para que cuidassem com mais primazia de seus filhos – crianças e adolescentes que demandam uma atenção jamais necessária antes por conta de tantos casos em que eles tem se perdido e não tem encontrado um verdadeiro porto seguro para repousarem suas mentes quando necessário, já que seus pais estão hoje trabalhando demais para assegurar o sustento e conforto da família? 

E se… entre 45 e 55 anos dedicássemos mais tempo aos nossos pais, na faixa dos 80 – 100 anos? 

E se… voltássemos com a corda toda, cheios de experiências diversas e sistêmicas, para voltar a produzir com tudo e mais felizes do que nunca, entre os nossos 50 e 75 anos, em parceria com a moçada dos 20 aos 35? E suportando melhor nossos colegas de trabalho na faixa dos 35-50 que estão cuidando com afinco da sustentabilidade econômica, mas de partindo de outros prismas, e principalmente da manutenção de nossa felicidade em todos as fases da vida?

Naturalmente, para os adultos que por qualquer razão não tem filhos, eles teriam a liberdade de colocar quanta energia quisessem nesta faixa aproximada de 35 a 50 anos. E talvez desacelerarem mais cedo sim.

A ideia central é simplesmente quebrarmos fortes paradigmas aos quais nós mesmos pagamos caro na vida, tanto aos 30, quanto aos 40, 60, 80 anos. Tudo por conta desta ideia de linearidade produtiva.

Hoje, infelizmente nos deparamos com estudos como o da OIT, que diz que a pobreza na terceira idade está crescendo na Europa em seu relatório mundial sobre Proteção Social 2017-2019.

Este é mais um forte indício de quanto muitos de nós, mais novos e adultos crescidos, tendo acesso fácil a tanta informação, temos a responsabilidade de co-criarmos realidades mais saudáveis e sustentáveis para todo ser humano, independente de raça, crença, religião ou localização.

Nossos antecessores podem não ter tido melhores condições de construírem futuros mais promissores para si e para o coletivo. O que podemos aprender com isso? 

Como crio uma visão pessoal mais sistêmica, ousada e significativa? 

Sugiro que comece por compreender do que se trata hindsights, para facilitar que você aprimore seus foresights (prospectiva estratégica) e assim potencializar bastante seus melhores insights para o hoje!

Lembre-se de que a vida hoje aos 40, 50 anos que ainda tomamos como ideia é a de uma geração que vive, viveu ou viverá em média até os 77 anos. Os que hoje tem em torno de 40 anos tendem a viver no mínimo 15 anos mais. E isso muda tudo.

Pare para refletir sobre algumas hipóteses considerando que você viva até os seus 94 anos. Pense não apenas em você, mas também nos que te rodeiam. Uma jornada de foresight pessoal pode te ajudar nisso.

E aliás, o que significa viver? Trabalhar e nos sentirmos “úteis”, não nos dá a ideia de estarmos vivos? Faz sentido sonharmos com a tal aposentaria, tal qual a ideia que ainda temos dela em 2020?

O que faz com que muitos de nós sonhemos com este momento de “finalmente curtir a vida”? E o que faz com que tantos outros simplesmente desejem espaço para ainda se perceberem relevantes na sociedade, produzindo com retornos financeiros?

Vamos construir juntos estas reflexões todas? Contribua nesta rica construção, deixando o seu comentário abaixo. Eu te convido a exercer o seu protagonismo que lhe é de direito por natureza! 

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