Mudança profissional e o seu protagonismo nisso: quer ser águia ou galinha?

Quer ou sente que será inevitável mudar, mais sente um frio na barriga só de pensar em toda a jornada que está por vir? Tem receio que com a sua idade, talvez pareça muito arriscado? A mudança profissional em nossas vidas será algo cada vez mais recorrente. E você, como protagonista de sua vida e suas colheitas, tem livre arbítrio para escolher em qual papel quer estar.

Falando em riscos… o que está em risco, de verdade? O que parece certo hoje, estável… o será amanhã? É possível ter esta certeza? Como garantir renda para o resto da minha vida sem depender do sistema e do modelo econômico atual, cada vez mais instável? Quanto tempo levaria para me reestruturar financeiramente após uma mudança de rota profissional bem significativa? Teria que começar a estudar de novo e mais uma vez?

Tantas inquietações. Tantas fórmulas mágicas. Por onde começo a mudar minha vida profissional?

Sim, são muitas as dúvidas. E poucas as respostas. Na verdade, existem muitas receitas prontas para boa parte delas. E eu não confio muito nelas – não porque algumas não sejam boas receitas, mas pura e simplesmente porque uma das coisas que mais aprendi nos últimos anos é que cada receita é criada por um(a) “chef” e ao desenvolvê-la, todas as variáveis consideradas foram pautadas em sua própria vida e entorno.

E como ninguém neste mundo tem uma vida e história igual ao outro, os resultados nunca ficam tão bons quanto para quem as criou. Por isso, a meu ver e experiência, só existe uma saída: encontrar a sua própria receita. E prepare-se: leva tempo para chegar em uma de “chef”. Mas vale muito a pena. A melhor parte? A jornada desbravadora, por si só. Cheia de altos e baixos. A vida como ela é. E ela é linda, não é mesmo? Afinal, o que seria do belo se desconhecêssemos o feio? O que seria da valoração do amor, se não soubéssemos o que é dor?

Fomos educados, formados, para sermos “servos” do sistema. E não, servidos. Isso tem que mudar. E depende apenas de cada um de nós.

A aposta que eu faria? Protagonize a sua vida como uma águia, caçadora. Fomos educados, formados, para sermos “servos” do sistema. E não, servidos – ao menos a grande maioria daqueles nascidos antes de 1990. Acontece que agora, os servos estão se tornando caças. Ou zumbis. Já morreram, só não sabem.

Hindsight, Insight, Foresight: nossos sonhos e suas concretizações

Quando nos propomos a parar para pensarmos em nossas vidas, concluímos que por vezes, não chegamos onde tínhamos algumas expectativas há 10, 20 anos atrás. Se refletirmos com calma possivelmente perceberemos que algumas de nossas ações ao longo de nossa estória não eram condizentes com o que precisávamos ter feito para que determinado sonho fosse alcançado.

Isso pode ter acontecido como aconteceu por diversas hipóteses. E tudo bem, sem arrependimentos agora – o que passou, passou. Mas ao avaliarmos tudo isso, estamos atuando com o que em estudos sobre futuros chamamos de hindsight – uma retrospectiva analítica buscando compreender como chegamos onde chegamos.

“Hindsight: uma retrospectiva analítica buscando compreender como chegamos onde chegamos.”

A partir deste momento, geralmente revisamos nossas expectativas e nossos sonhos no momento para um futuro – próximo ou não. Ainda neste processo reflexivo tendemos a cuidar mais de nosso comportamento, assegurando que não cometeremos alguns “erros” do passado novamente, pois já temos mais consciência que determinadas atitudes não contribuirão em nada na concretização de nossos sonhos.

Este maior nível de consciência instantânea podemos relacionar com o insight. Eles sempre ocorrem em tempo presente, no decorrer de um processo de mudança que nos dispomos a passar. No insight, ainda temos como evitar um potencial arrependimento.

Mas a grande chave de mudança está mesmo em como você trabalha o seu modelo mental de foresight – que de forma simples, significa pensar a frente, prospectar, imaginar o que está por vir ou o que se quer viver um dia. Envolve visão de longo alcance, como uma águia inclusive, ao planejar a captura de sua próxima caça.

Foresight significa pensar a frente, prospectar, imaginar o que está por vir ou o que se quer viver um dia. Envolve visão de longo alcance.

Ao aprimorar o seu olhar em torno dos hindsights e foresights em seu contexto e mundo, seus insights serão ainda mais potentes – já que além de se lembrar de não pegar estradas que já descobriu que não te levarão a lugar algum, ainda terá mais clareza de onde busca chegar por meio do foresight. Então, seus insights tenderão a ser mais assertivos! ; )

O profissional dos novos tempos está sempre preparado para… surpresas!

Agradáveis ou não. E este profissional já aprendeu a dançar conforme a música. Por isso é tão importante também ser autêntico(a), bem resolvido(a) com você mesmo. Caso contrário, pode parecer um “robô” dançante.

Mas é preciso treinar. E evoluir bastante em alguns passos mais desafiadores. Mas é desta forma que você se torna cada vez mais harmonizado(a) com a nova era e também uma pessoa mais resiliente.

Lembre-se sempre: onde há problemas, há também diversas oportunidades.

Use hindsights, insights e foresights a seu favor. Isso também contribuirá com o desenvolvimento de uma habilidade muito valorizada nos próximos anos: a do pensamento antecipatório, ou pensamento de futuros. Ninguém precisa se tornar um futurista profissional – até porque isso demanda anos de estudo. A não ser que este seja o seu objetivo mesmo.

Mas se responsabilizar pelo seu próprio futuro e como construirá ambientes propícios para o que sonha, é o mínimo que um(a) protagonista de peso, de respeito, faz por si. Conecte-se mais com a sua intuição e comece a perceber o que ela te diz a respeito de seus sonhos mais intrínsecos.  

O seu protagonismo nas mudanças profissionais: já pensou em ser lifelong worker?

Bom, se chegou até aqui, deduzo que escolheu não ser zumbi – ufa! Águias tem liberdade, são animais admirados por diversos aspectos. Mas caçam seu próprio alimento. Diferente das galinhas, que geralmente, são alimentadas por alguém, moram em cativeiro e dependem de seus cuidadores – que também são donos de sua liberdade. Eu escolhi desde 2012 que eu me desenvolveria para me tornar águia.

Ao lidar com esta decisão antecipatória, as mudanças profissionais que se deram na minha vida desde então me levaram a crer que um ótimo caminho possível seria o de me tornar uma lifelong worker – ou seja, alguém que terá trabalho para o resto da vida, podendo escolher o que quero e o que não quero fazer, com quem quero estar, a que quero servir.

Se você já decidiu protagonizar a sua vida, atente-se a tudo o que está emergindo nestes últimos 2 anos e que começa a tomar uma força cada vez maior, especialmente conceitos e reflexões que questionam fortemente o status quo – como por exemplo, 5 grandes economistas mulheres que estão remodelando o mundo da economia.

Note também que zumbis se embasam puramente em hindsights, porém sem demonstrar ter aprendido muito com isso. Protagonistas, estão trabalhando para aprimorarem seus insights em prol de contribuírem fortemente em projeções futuras muito mais equilibradas para todos nós – esses sim já compreendem bem do que se trata um modelo mental voltado para futuros – melhores!

Para entender melhor sobre o que é ser lifelong worker, confira este episódio de nosso programa semanal no Youtube:

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Aproveitei e separei alguns artigos correlacionados com todo esse nosso papo aqui, que tal dar uma olhadinha neles?

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